
Não é de se negar que cada jogo da franquia The Legend of Zelda é sempre um motivo de euforia para os fãs da série, e o mesmo não poderia deixar de acontecer quando a Nintendo anunciou o jogo Twilight Princess para Game Cube e Nintendo Wii. Trazendo um conceito inovador e um clima mais sombrio até então inédito na franquia, Twilight Princess conquistou milhares de fãs, e se tornou para muitos, um dos melhores jogos da série, apesar de que para outros, este dividiu muitas opiniões, por motivos que você conhecerá na análise a seguir.
Jogabilidade
Por ter sido lançado no final da vida do Game Cube, e no início de vida do Wii, já era de se esperar que a empolgação por usar os sensores de movimentos do Wiimote viria à tona. O jogo implementa bem o uso do “novo” controle, fazendo o wiimote de espada e o nunchuck de escudo, além de fazer com que o jogador ouça os sons que saem do controle como por exemplo o bater de espadas, e o barulho da corda se esticando enquanto se usa o arco-e-flecha. É claro que a precisão do controle nem se compara a de Skyward Sword, uma vez que este faz o uso do Wiimotion Plus, mas a resposta dos movimentos é de imediata, e não há um movimento certo para fazer com que Link dê um ataque, pois qualquer chacoalho já é interpretado como um ataque. Além da espada, outros itens foram adequados para o uso do controle, dentre eles o bumerangue e a vara de pescar, mas por mais que tivessem tido boas implementações, esta foi precária tratando-se de outros itens, onde o uso destes foi bem semelhante a forma em que são utilizados em Ocarina of Time, fazendo uso de botões e da mira. Logo, por mais que o uso de movimentos atribuídos a espada fosse inevitável e bem aproveitado, o jogo acaba fazendo bem mais uso do ponteiro do que dos movimentos. Um grande detalhe é que neste jogo, Link se torna destro (uma vez em que nos demais jogos ele é canhoto) justamente para fazer jus a maneira em que grande parte dos jogadores seguram a espada.
Mas se você é destes que ainda sim não se sente atraído por sensores de movimentos, vale lembrar que o jogo também foi lançado para Game Cube, e que portanto possui suporte ao controle deste. Então se você é um jogador mais tradicional e sente saudades do conforto oferecido pelo controle do Cubo, você pode optar em usá-lo, já que a mesma jogabilidade foi mantida. Mas lembre-se que as versões de Wii e Game Cube são espelhadas, e que no Cubo, Link permanece canhoto.

Mas além da jogabilidade com o Link humano, vale lembrar que neste jogo, Link assume a forma de um lobo, e acaba tirando o jogador um pouco da rotina de apenas usar ataques de espada e de utilizar itens. Na forma de lobo, Link é auxiliado pela personagem Midna que “cavalga” sob o nosso herói, ajudando-o nos ataques e para abrir portas e baús por exemplo. Mas talvez o principal fator destacado enquanto Link esteja transformado em lobo seja o uso do faro que pode fazer com que Link descubra tanto itens enterrados, quanto que ele fareje rastros que pode o levar a alguém, ou à alguma coisa.
História
Falar da história de The Legend f Zelda, pode parecer uma das coisas mais clichês do mundo dos jogos, se resumindo a um garoto que deve salvar tanto a princesa Zelda quanto o Reino de Hyrule, matando o vilão Ganonforf. Mas diferente do que ocorre nas aventuras de Mario, há sempre um porquê de Link ter que fazer isto. A história se passa após os eventos ocorridos em Ocanina of Time, na linha do tempo que se inicia em Majora Mask (contos infantis) indo de paralelo a A Link the Past e Wind Waker. Em Twilight Princess, Link vai para no Reino Twilight que era governado por Midna que foi amaldiçoada pelo vilão Zant, e que fora transformada em um pequeno e estranho ser, e servirá de guia de Link após ajudá-lo a escapar de uma prisão que o herói é submetido após alguns acontecimentos na Vila de Ordom. Então Link será encarregado de juntar todas as peças do Fused Shadow que pode transformar Midna em um grande monstro que pode quebrar a barreira que Zant Construiu em torno do castelo, o que ajudaria a Link salvar tanto o seu mundo, quanto o mundo de Midna.
Em Twilight Princess, o Reino de Hyrule foi transformado em um mundo das trevas pelo vilão Zant, que só ultrapassou a barreira que separa os dois mundos graças à ajuda de Ganondorf que é quem estava por trás de tudo desde o início. Sabe-se que Ganondorf se libertou do seu dado em Ocarina of Time graças à Triforce do poder, e também da ajuda de Zant, sendo que uma vez no Reino Twilight (Gnondorf estava selado lá), ele fingiu ser um Deus, e após terem quebrado o selo, os dois vilões tendem como objetivo transformar os reinos de Hyrule e Twilight em um só. Para isto, Zant usurpou do trono de Midna e espalhou por toda Hyrule, insetos que sugam toda a luz do reino, e que só podem ser capturados com o faro de Wolf Link. A medida em que Link captura os insetos e recolhe os Fused Shadows, a luz em Hyrule vai voltando, mas ao pegar a Master Sword, Link também deve recuperar os pedaços quebrados do Espelho do Crepúsculo, uma vez que ele é quem faz a passagem de um mundo para o outro, já que Link precisa entrar lá para desafiar Zant. Após tendo feito isto, resta apenas, com que Link (coma ajuda de Midna) quebre a barreira que envolve o castelo, onde se esconde o vilão Ganondorf que matem Zelda aprisionada. Uma vez no castelo, Zelda conta a Link, que o único jeito de destruir Ganon, é fazendo uso das flechas de luz, em posse destas, Zelda ajuda Link a destruir o vilão sob a égua Epona (uma das lutas mais emocionantes do jogo, aliás), e uma vez derrotando Ganondorf, a paz nos dois reinos é finalmente restaurada, e Midna retorna a sua forma original e retoma o trono de Twilight.

Dificuldade e imersão
Em termos de dificuldade, a série The Legend of Zelda sempre foi um tanto mediana. Por mais que o jogo possa parecer longo, os inimigos e dungeons acabam sendo fáceis e vice-versa, em Twilight Princess é mais ou menos assim. O jogo é um dos mais demorados, chega a levar bem mais de 70 horas de duração tornando-se um dos mais imersivos da série. Este fator claro, pode acabar desanimando muitos, uma vez que esta chega a ser uma das principais críticas aos jogos da série, e em Twilight Princess, você pode se preparar para pegar sua Epona e começar a cavalgar, cavalgar, cavalgar, cavalgar, cavalgar, cavalgar, cavalgar e cavalgar, pois é em Twilight Princess que vice irá encontrar um dos campos mais extensos da série, que são divididos em províncias. Então se você é desses que odeia cavalgar por campos extensos e vazios, Zelda Twilight Princess parece não ser feito para você. Isto até que você consiga todos os pontos de teletransporte, acessíveis graças à magia de Midna, ou então pode passar o tempo procurando por insetos e fantasmas.
Em relação à dificuldade, como de costume, você será travado mais pelos puzzles do que pelas dungeons e inimigos em si. Os dungeons continuam oferecendo os mesmos desafios dos jogos anteriores e na maioria das vezes sem colocar em prática os controles por movimentos. Porém durante as fases você irá encontrar uma grande facilidade em se passar pela maioria delas. É claro que há muitos inimigos que exigem um desafio bem maior, e que com certeza fará você morrer várias vezes, mas os Boss deixam muito à desejar. É claro que a luta de entre Link e estes são sempre emocionantes, eu por exemplo, até hoje não esqueço a minha luta contra o chefe Stallord do Arbiter’s Grounds, mas não é de se negar que a luta não foi difícil, e para se ter uma idéia, por mais assustador que pareça, o chefe Argorok pode ser morto sem que você perca um coração se quer. Mas se você quiser conhecer o verdadeiro nome da dificuldade em Twilight Princess, recomendo visitar a dungeon Cave of Ordeals.

E se tem outra coisa que marca aqueles que jogam os jogos da série Zelda, é aquele detalhe de você avistar um lugar, passar grande parte do jogo pensando “como eu faço para chegar lá” e depois finalmente conseguir um item que te dá acessibilidade para você chegar até lá. Isto claro, se manteve no jogo, porém não posso negar que em menor quantidade do que vemos em jogos como A Link the Past e Ocarina of Time. Na verdade são mais acessíveis com o faro do Wolf Link do que com os itens, e na maioria das vezes frustrados 100 ruppeis. E infelizmente em Twilight Princess, muitos itens se revelam inúteis durante a trama, o item Dominion Rod, por exemplo, é bastante útil dentro do Templo do Tempo, mas fora dela, você só irá utilizá-lo em apenas duas ocasiões, o que acaba sendo um grande desperdício, já que depois você percebe que ele poderia ser um excelente revelador de dungeons e baús em puzzles.
Gráficos e trilha sonora
Como sabemos, Zelda Twilight Princess foi lançado no final da vida do Game Cube, e no início de vida do Nintendo Wii, logo podemos esperar por um dos melhores gráficos no Game Cube, mas não o mesmo se tratando da versão Wii. É claro que os gráficos do jogo foram melhorados em relação à versão de Game Cube, inclusive neste jogo é possível notar belos efeitos de água graças ao hardware do Wii, mas não podemos encaixar o jogo dentre um dos melhores gráficos do Wii, não que os gráficos sejam ruins, pelo contrário, é um jogo bem bonito visualmente, mas superado por muitos outros jogos como Xenoblade e Mario Galaxy, por exemplo. Não há também a presença de muitos bugs no jogo (a não ser aqueles que você captura com o Wolf Link, ou aqueles que você entrega para a Agita), e os efeitos mais impressionantes são sem sombras de dúvidas os efeitos de luz e água, que sempre se sobressaem na maioria dos jogos do Wii.
E por fim, não podemos nos esquecer da trilha sonora do jogo, e quem é um jogador nato da série, sabe que este é um fator sempre forte nos jogos da série The Legend of Zelda. E Twilight Princess não foi exceção, assim como nos outros jogos, neste, ela também é um ponto forte do jogo, sendo sempre coerente com as situações e lugares em que o personagem se encontra, além é claro de que todas são muito boas de ouvir, com todo aquele charme orquestrado que os jogos da série tem. Porém é claro que estas não superam aquelas que são ouvidas emOcarina of Time.

Personagens
E por fim, eu não pude deixar de destacar o charme e carisma que os personagens principais e secundários possuem. Mesmo sem ter dito um A em toda a série, Link continua mantendo a mesma personalidade que possui em todos os jogos da série. Zelda continua com a mesma personalidade firme e sábia que você conhece, e Midna se mostra ser bem inteligente e direta em todo o decorrer da trama. Mas os personagens secundários são quem dão um charme a mais ao jogo. Assim como em Majora Mask, você irá encontrar pessoas das mais variadas personalidades, indo desde àqueles que admiram Link, até os mais intolerantes. Neste jogo os personagens irão agir e reagir das mais variadas formas, sendo que nem todos você pode interagir, mas nem sempre você irá encontrá-los em um único lugar. E se você chegar perto deles na forma de lobo, eles irão fugir de você.
Gorons e Zoras estão presentes no jogo, e também bem mais definidos, sendo até possível (no caso dos Zoras) notar a diferença de sexo entre os seres, uma vez que isto não era bem possível nos jogos de Nintendo 64, e até mesmo eles irão revelar as mais variadas personalidades.
Conclusão
The Legend of Zelda Twilight Princess, é sem dúvidas um excelente jogo de aventura e um ótimo Zelda. A história, a jogabiliadade, os personagens e o todo o gameplay, deixam o jogo sempre com aquela vontade de continuar jogando-o no dia seguinte, mas o extenso campo de Hyrule, a má aplicação dos itens e a facilidade são o que mais deixam a desejar no jogo, sendo até mesmo para alguns um fator crucial dentro de um adventure/RPG. Mas se você é ainda não experimentou a aventura, e é fã da série, é um jogo recomendadíssimo, que lhe fará gastar boas horas de diversão em frente a TV.
JOGO: The Legend of Zelda – Twilight Princess
DESENVOLVEDORA: Nintendo
PLATAFORMA: Game Cube, Wii
GÊNERO: Adventure/RPG
NOTA: 9,8
1 comentários:
amigo faz tenpo ke vc e do blog ou vc e novo
Postar um comentário